segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Noé do Braço Curto


Coisas que o tempo levou!

Mamãe eu quero um sapato
Como o que papai me deu
Porque o danisco do gato
Fez pipi dentro do meu.
Também quero um chapeuzinho
Cheiroso, bonito e novo
Pois a franga do meu fez ninho
E depois quebrou o ovo.
Mas o que quero mãezinha,
Primeiro, pegar o gato,
Depois comer a franguinha
De chapéu novo e sapato.



Anos 70/80/90 Forever


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Sofrência




Deus



2605



Como eu me sinto quando...




…meu cachorro vem pedir carinho.

Expectativa:
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Realidade:
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…eu e meus amigos(as) chegamos numa festa depois de enfiar todo mundo num carro.

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…penso em acordar mais cedo pra poder aproveitar melhor o dia.

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…alguém me convida pra almoçar/jantar e me leva pra comer salada.

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Noé do Braço Curto


noe

Dica Fundamental!



cavalo


Textículo


A FRONTEIRA INVISÍVEL DO PODER (Extraído do livro FOCO de Daniel Goleman)
Em Los Angeles, diaristas podem ser encontrados reunidos de manhã cedo em certas esquinas de ruas espalhadas por toda a região metropolitana, por onde moradores locais passam, param o carro e fazem uma oferta de trabalho. Um dia, Miguel aceitou fazer um trabalho de jardinagem para uma mulher que, depois de seu longo e duro dia de trabalho, se recusou a lhe pagar um centavo.
Miguel relembrou aquela decepção profunda quando participou de um workshop em que representou o drama da própria vida. O workshop emprega métodos do “teatro do oprimido”, elaborado para ajudar uma plateia relativamente privilegiada a sentir empatia em relação à realidade emocional de vítimas de opressão. Depois de alguém como Miguel descrever seu cenário, uma voluntária da plateia se apresenta para refazer a cena. Diante de Miguel, a mulher repetiu a apresentação
dele, acrescentando o que ela via como uma solução possível ao problema.

“Ela representou uma conversa com a mulher que o contratou, dizendo como ela estava sendo injusta e argumentando com ela”, contou Brent Blair, que produziu a apresentação.
Mas, para Miguel, esta não era uma opção. Embora essa abordagem pudesse ter funcionado para uma mulher de classe média com cidadania norte-americana, teria sido impossível para um imigrante ilegal trabalhando como diarista.

“Miguel assistiu à própria história em silêncio, parado no canto do palco”, conta Blair. “No final, ele não conseguiu se virar para falar a respeito com os demais — ele estava chorando.
“Miguel disse que não havia se dado conta do quanto era oprimido até ver a própria história contada por outra pessoa.”

O contraste entre a realidade de Miguel e a forma como aquela mulher imaginou sua situação aprofundou sua sensação de não ser visto, não ser ouvido, não ser sentido — de ser uma não pessoa a ser explorada.

Quando o método funciona, pessoas como Miguel ganham nova perspectiva a respeito de si mesmas, ao assistirem a suas histórias como que através dos olhos de outra pessoa. Quando membros da plateia sobem ao palco e se tornam atores, representando essas cenas, idealmente, eles compartilham a realidade da pessoa oprimida, “simpatizando” com ela, no verdadeiro sentido da palavra: tendo o mesmo páthos, ou a mesma dor.


“Quando você comunica uma experiência emocional, pode compreender o problema através do coração e da mente, e encontrar novas soluções”, diz Blair. Ele dirige o programa de Teatro Aplicado do Mestrado em Artes da Universidade do Sul da Califórnia, que usa essas técnicas para ajudar pessoas em comunidades oprimidas.
Blair já realizou esse tipo de recurso teatral com vítimas de estupro em Ruanda e membros de gangues em Los Angeles.Ao fazer isso, Blair assumiu a existência de uma força sutil dividindo as pessoas por sinais — que, de outra forma, seriam invisíveis — de status social e
impotência: os poderosos tendem a deixar de prestar atenção nos impotentes. E isso anestesia a empatia.

Blair relembra um momento numa conferência global em que ele acabou vendo a si mesmo pelos olhos de alguém mais poderoso. Ele estava ouvindo o CEO de uma multinacional de bebidas — um homem conhecido por baixar os salários dos trabalhadores — falar sobre como sua empresa estava ajudando as crianças a se tornarem mais saudáveis.

Durante o período de perguntas que se seguiu à fala do CEO, Blair fez uma pergunta intencionalmente provocadora: “Como você pode falar sobre crianças saudáveis sem também falar de salários saudáveis para os pais delas?”
O CEO ignorou a pergunta de Blair e foi direto para a pergunta seguinte. Blair de repente se sentiu como uma não pessoa.

A capacidade que os poderosos têm de ignorar pessoas inconvenientes (e verdades inconvenientes) ao não prestarem atenção nelas se tornou o foco de psicólogos sociais que estão encontrando relações entre o poder e as pessoas em quem prestamos mais e menos atenção.

Compreensivelmente, nos focamos naqueles que mais valorizamos. Se você é pobre, depende do bom relacionamento com amigos e familiares a quem pode precisar pedir ajuda — digamos, quando você precisa de alguém para cuidar do seu filho de 4 anos enquanto não volta do trabalho. Pessoas com poucos recursos e uma posição de frágil estabilidade “precisam contar com os outros”, diz Dacher Keltner, psicólogo da Universidade da Califórnia em Berkeley. Assim, os pobres são particularmente atenciosos com os outros e com as necessidades alheias.

Os ricos, por outro lado, podem contratar ajuda — pagar por uma creche
particular ou mesmo uma au pair. Isso significa, argumenta Keltner, que as pessoas ricas podem se dar ao luxo de se preocupar menos com as necessidades dos outros e, dessa forma, prestar menos atenção a eles e ao sofrimento deles.
Sua pesquisa revelou esse desdém em apenas uma sessão de cinco minutos de apresentação.

Os mais ricos (pelo menos entre os estudantes universitários norteamericanos) exibem menos sinais de envolvimento, como fazer contato direto com os olhos, assentir com a cabeça e rir — e mais sinais de desinteresse, como olhar o relógio, rabiscar ou se agitar. Alunos de famílias com dinheiro parecem reservados, enquanto aqueles de origem mais pobre parecem mais envolvidos, carinhosos e expressivos.

E, num estudo holandês, estranhos contaram uns aos outros sobre períodos problemáticos de suas vidas, indo da morte de uma pessoa próxima ou um divórcio à perda de um amor ou uma traição, ou sofrimentos da infância, como sofrer bullying.

Mais uma vez, as pessoas mais poderosas dos pares tendiam a ser mais indiferentes: sentiam menos a dor do outro, eram menos empáticas, que dirá compassivas.O grupo de Keltner descobriu falhas de atenção similares ao comparar pessoas de altos cargos de uma organização com as mais simples na habilidade que tinham de ler emoções em expressões faciais.

Em qualquer interação, a pessoa mais poderosa tende a focar menos o olhar no outro do que os demais e tem mais chances de interromper e monopolizar a conversa — todos sinais de falta de atenção.

Em compensação, pessoas de status social mais baixo tendem a se sair melhor em testes de precisão empática, como ler as emoções de uma pessoa a partir de seu rosto — até mesmo pelos movimentos musculares ao redor dos olhos. Tudo leva a crer que elas se focam mais no outro do que as pessoas de status mais elevados.

O mapeamento da atenção nas diferentes camadas do poder aparece numa métrica simples: quanto tempo leva para a pessoa A responder um e-mail da pessoa B? Quanto mais tempo alguém ignora um e-mail antes de finalmente respondê-lo, mais poder social relativo aquela pessoa tem. Mapeie esses tempos de resposta numa organização inteira e você terá um gráfico impressionantemente preciso da distribuição social. O chefe deixa e-mails sem resposta durante horas. Os que estão mais baixo na hierarquia respondem dentro de minutos.

Existe um algoritmo para isso, um método de recuperação de dados chamado “detecção automatizada de hierarquia social”, desenvolvido na Universidade de Columbia.
Quando aplicado ao arquivo de tráfego de e-mails na Enron Corporation antes de ela falir, o método identificou corretamente os papéis dos gerentes de alto nível e seus subordinados apenas pelo tempo que eles levavam para responder aos emails de uma determinada pessoa. Agências de inteligência têm aplicado a mesma métrica a grupos suspeitos de terrorismo, montando a cadeia de influência para localizar figuras centrais.

Poder e status são altamente relativos, mudando de um encontro para outro. De forma reveladora, quando alunos de famílias ricas se imaginavam conversando com alguém de status superior ao deles, melhoravam suas capacidades de ler as emoções em expressões faciais.
Onde nos enxergamos na escala social parece determinar quanta atenção prestamos: mais vigilantes quando nos sentimos subordinados, menos quando nos sentimos superiores. A conclusão: quanto mais você se importa com alguma coisa,mais atenção presta — e quanto mais atenção presta, mais você se importa. A atenção está entrelaçada com o amor

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